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Hoje eu aprendi: Vale a pena configurar seus dotfiles

08-06-2022 3 minutos de leitura.
Dotfiles in code

Depois de mais de 3 anos usando Vim como IDE (Integrated Development Environment), migrando no caminho para o Neovim com o shell zsh, o gerenciador Oh My Zsh e o tema Powerlevel10k, percebi como eu dependia dessas configurações e como as mesmas estavam totalmente desorganizadas. Resolvi então, seguir os passos dos grandes mestres e criar o meu repositório dotfiles.

O que são “dotfiles”?

No linux (mais especificamente em todos os sistemas baseados em Unix), todo arquivo cujo nome comece com o caracter ponto é tratado, automaticamente, como um arquivo oculto. Muitos programas (navegador, editor de texto, player de vídeo/áudio etc) armazenam as configurações do usuário em arquivos de texto puro, ou seja, editáveis e esses arquivos normalmente são dotfiles.

Por exemplo, na pasta home de um usuário comum em uma instalação Linux, podemos encontrar algo como:

  • ~/.bashrc sobre as configurações do shell bash
  • ~/.python_history que é o histórico de comandos feitos no terminal python,
  • ~/.gitconfig onde fica as configurações do git

OBS: Há inclusive pastas inteiras, com diversos arquivos, para as configurações de um único programa. Você pode ver isso na pasta ~/.config, por exemplo, ou ainda na pasta ~/.mozilla, caso utilize o navegador Firefox.

Depois de 10 anos usando Linux (e a propósito, eu uso Arch Linux, pra não deixar o meme morrer), a “pira” de ficar sempre instalando e configurando para mostrar que eu uso Arch, uma hora cansa. Quando lidamos também com o ambiente de desenvolvimento, o trabalho é dobrado: configurar o git, emulador de terminal, IDE etc. Mas meu maior motivador para criar o meu próprio repositório foi o Vim.

Com a volta infelizmente do trabalho presencial, precisei desaposentar meu notebook. Como troquei a SSD, precisei reinstalar o Linux e configurar todo meu ambiente. Isso me fez, inclusive, perceber como determinadas configurações do meu Neovim estavam uma completa bagunça: plugins que não usava mais, arquivos muito longos, edições que fiz no passado e não lembrava mais porque eu fiz. Criar o seu próprio dotfiles não é apenas ter um repositório “de backup”, mas uma espaço de documentação e organização.

Quanto antes começar, antes acaba

Não pretendia explicar aqui como criar o seu repositório dotfiles, com um passo-a-passo ou algo assim, mas expor minha experiência e, quem sabe, motivá-lo a fazer o seu. Trata-se de algo muito pessoal já que guarda as suas configurações, suas preferências. Segue abaixo alguns tutoriais que me ajudaram bastante:

Cuidado: Não recomendo utilizar o dotfiles de terceiros, mas fique a vontade para consultar o que fiz (e pretendo continuar atualizando), disponível aqui.

Mood Heart Beat - gif

Por agora, é isso.